quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Não quero essa coisa falsa...diplomacia,
acordo de cavalheiros...
Meus lindos canteiros...algo inteiro...
Minhas orquídeas...margaridas...
Minha vida...tão importante vida...
Não quero exatidão...papo corretamente político...
Sou um ser atípico...sou um prato típico...
Sou um abalo císmico...Tanta delicadeza...
Surpresa nenhuma...alguma coisa que eu já não sabia?
Lindo dia...
Não quero nada que me contém...
Não convém poesia certa...
Versos são para ser livres...
Palavras são para ser ditas...
Não sou o que vês...sou o que sinto...
Sinto tanto, sinto muito...
Determinadas coisas me violentam...
Meus horizontes não cabem nessa verdade...
Sou inteira em minha divisão...
E o que me satisfaz está além
de sua vã filosofia...
Meu dia ... enfeito como posso...
Melodia ao longe...sou eu...
Saindo...caminhando...voando...
Adoro descobrir meu próprio jardim...
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Sobra tanta Falta
Falta tanta coisa na memória como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência que me desespero
Sobram tantas meias verdades que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo
Sei lá se o que me deu foi dado
Sei lá se o que me deu já é meu
Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu
Vai saber se o que me deu quem sabe
Vai saber quem souber me salve
Vai saber o que me deu quem sabe
Vai saber quem souber me salve
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Odeio meu cabelo descontrolado, meus dentes separados, meu peito pequeno, minha perna grossa, minhas roupas, todas velhas. Amo a cor do meu cabelo no sol, meu sorriso aberto, meu peito que ainda fica em pé sem sutiã, minhas pernas grossas (!?), minha calça mais velha que deixa a minha bunda linda. Sei que sou inteligente, mas me acho burra. Me acho bonita, mas sei que não sou. Gosto que me toquem. Tanto que faço carinho em mim. Adoro beijo com gosto de cerveja. Não gosto de beijo com gosto de cigarro ou café ou arroz com feijão. Nem de beijos com bico. Prefiro o sexo de manhã ou no meio da tarde, com a luz do dia. Presto atenção em letras de música, porque sei que de vez em quando elas falam comigo. Gosto quando o Cazuza e o Renato falam comigo. Tenho todas as loucuras que só uma mulher sabe ter. Angústias escondidas que aparecem do nada de trás da parede só para me dar um susto quando eu jurava que estava feliz. Aquela certeza repentina de que a coisa mais estúpida do mundo deve ser feita e tem que ser agora, não pode esperar até a razão voltar. Também tenho outras loucuras só minhas, algumas que não conto nem para mim. Não gosto das pessoas. Mas gosto muito de algumas pessoas. Nem sempre tenho paciência para elas e peço desculpas. Acho os homens mais divertidos do que as mulheres. Gosto das piadas sujas deles e da maneira prática como vêem a vida. De como ficam felizes com um copo de chopp na mão. Da sinceridade que falta às mulheres. Estas sempre tentam parecer melhor do que são. Então são sempre piores do que parecem. Acho que sei mais da vida do que as outras pessoas. Mas não sei muito de mim. Tem dias que acho que seria mais feliz batendo bolos e fritando salgadinhos para uma penca de filhos. Uns parecidos comigo, outros parecidos com você.